Em ‘mini fazenda’, pesquisadores da Ufac desenvolvem técnicas para melhorar ordenha e ajudar produtores do Acre


Programa de extensão denominado Ufac Leite tem apenas três anos e funciona em área de 2 hectares dentro da universidade que foi transformada em laboratório para experimentos. Projeto Ufac Leite consiste em melhorar as técnicas de ordenha e a qualidade do produto
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Uma área de aproximadamente dois hectares de terra, situada dentro da área da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco foi transformada em um laboratório para experimentos de alunos e professores dos cursos de medicina veterinária e engenharia agronômica. É em um galpão que funciona especificamente o programa de extensão denominado Ufac Leite.
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Esse programa consiste em melhorar as técnicas de ordenha, de qualidade do produto e até possibilitar maiores cuidados com a saúde do animal. No local há sete vacas leiteiras e cinco bezerras. O leite é retirado e colocado em um recipiente para depois ser vendido para parceiros locais. Os recursos são investidos no próprio projeto, que tem apenas três anos.
A estrutura montada foi pensada em uma pequena propriedade, a fim de ajudar os pequenos produtores com custos que são mais acessíveis. Os cuidados ajudam a melhorar a produção e a dar menos trabalho, já que a ordenha aqui é mecanizada.
Laboratório funciona em área de 2 hectares na Ufac
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Para que as vacas tenham qualidade no leite e produzam mais, é preciso uma suplementação alimentar diferenciada. A professora Bruna Rosa explica que o aporte nutricional correto ajuda na ordenha, já que o animal gasta muita energia nesse momento, como proteínas, minerais e vitaminas. Por isso, a ração ajuda nesse trabalho.
Com esse laboratório foi possível observar que as vacas respondem melhor com o estímulo por meio da ração preparada, aliada à pastagem.
“A suplementação com a ração, uma ração meio formulada, ela auxilia nessa energia mais rápida, porque eu estou dando alimentos que têm o teor de amido, que é a principal fonte energética dos alimentos aí para os animais. Então de uma forma mais rápida ela tem uma energia maior. Você direciona mais nutrientes para a produção de leite e consegue ter uma produção melhor,” explica Bruna.
Alunos desenvolvem irrigação
Feitos esses procedimentos, as vacas são levadas para os locais onde ficam a maior parte do dia, que são os piquetes, como são chamadas pequenas áreas de pasto. Nesse espaço, outro experimento foi colocado em prática, a fim de ajudar todo esse processo.
Os alunos, em parceria com os professores, desenvolveram uma irrigação para garantir a permanência do capim em períodos secos e assim ajudar os produtores com mais uma alternativa para que tenham pasto o ano inteiro.
Para que o projeto funcione é preciso que o produtor tenha em sua terra água disponível e energia.
“Para a gente montar uma irrigação tem que ter em mente as características do solo, porque você tem que pensar nele como se fosse uma grande caixa d’água de armazenamento. Solos mais arenosos não conseguem acumular muita água, solos mais argilosos já têm essa capacidade maior, então isso também vai influenciar no projeto o relevo da área. Também é importante considerar as condições climáticas aqui no Acre elas são propícias porque diferente de outras regiões em que na época seca também ocorre a geadas aqui no Acre a gente não sofre com temperaturas abaixo de 15 graus,” esclarece Kelysomar Santos, acadêmico de engenharia agronômica.
Para os alunos, essas são experiências que ajudam os produtores a encontrarem melhores maneiras de trabalho, além de fortalecer o conhecimento desses novos profissionais no futuro.
“Falando como aluno, é a questão da experiência, né? Aqui nós temos muitos casos que a gente já trabalha com várias áreas, então a gente trabalha com a parte nutricional, com a parte clínica, a gente trabalha com a parte de manejo, de boas práticas de ordenha, né? São inúmeras práticas ali na questão do dia a dia. De como a gente vai ajudar o produtor, que essa é uma importância para nós aqui como alunos futuros, profissionais, agrônomos, veterinários, que é de levar esse nosso conhecimento técnico”, avalia o estudante Gustavo Henrique Abecassis.
Bloco 1: Em ‘mini fazenda’, pesquisadores da Ufac cria técnicas para melhorar ordenha
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