Litoral Norte de SP está com 100% das praias próprias para banho; entenda como funciona análise


A avaliação da qualidade das praias é feita pela Cetesb. Um relatório divulgado semanalmente leva em conta o número de bactérias encontradas na água. Praia de Maresias em São Sebastião, SP
Luciano Vieira/ PMSS
O Litoral Norte de São Paulo está com todas as praias próprias para banho neste domingo (2), de acordo com a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb).
Ao todo, são 98 praias em qualidade adequada para os banhistas na região, sendo 14 em Caraguatatuba, 19 em Ilhabela, 30 em São Sebastião e 35 em Ubatuba.
Os locais não recomendados para banho são sinalizados com a bandeira vermelha da Cetesb. Já os pontos considerados próprios, ganham uma bandeira verde, indicando que é segura a entrada de banhistas.
Segundo o órgão, o recomendado é não tomar banho nas águas das praias que estiverem sinalizadas com a bandeira vermelha, já que o contato com a água imprópria pode causar riscos à saúde dos banhistas.
Crianças brincando na faixa de areias e pequenos grupos reunidos em praia.
Matheus Tagé/ A Tribuna Jornal
Importância do estudo de balneabilidade
Segundo a Cetesb, o estudo de balneabilidade das praias é importante, porque nesses locais há contato direto e prolongado da água com a pessoa. Em mergulhos, natação ou até brincando na beira da faixa de areia em momentos de lazer, além do contato do mar com a pele, há a possibilidade do banhista ingerir quantidades significativas de água da praia.
Corpos d’água contaminados por esgoto doméstico ao atingirem as águas das praias podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem nadado em águas contaminadas.
Segundo a Cetesb, as doenças relacionadas ao banho, em geral, não são graves. A doença mais comum associada à água poluída por esgoto é a gastroenterite, ocasionando enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre ao banhista.
Outras doenças menos graves incluem infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta. Em locais muito contaminados os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, como disenteria, hepatite A, cólera e febre tifóide.
Imagem de arquivo – Equipes do laboratório de análises foram até o local para coletar amostras da água na praia.
IMA
Como funciona a análise
A avaliação da qualidade das praias é feita pela Cetesb. Um relatório divulgado semanalmente leva em conta o número de bactérias encontradas na água. Uma praia é considerada imprópria quando são identificados números maiores a 100 unidades de colônias de bactérias a cada 100 mililitros de água.
O parâmetro indicador básico para a classificação das praias quanto a sua balneabilidade em termos sanitários é a densidade de coliformes fecais.
Ainda segundo a Cetesb, diversos são os fatores que condicionam a presença de esgotos nas praias, como a existência de sistemas de coleta de esgoto, existência de córregos afluindo ao mar, ocorrências de chuva (que podem levar lixo e lama para o mar), as condições de maré, entre outros aspectos.
Antes de ir para a praia, a Cetesb recomenda que o banhista sempre confira a situação atual de balneabilidade da praia que deseja ir. O mapa de qualidade e o relatório ficam disponíveis no site do órgão.
Imagem de arquivo – Praia em Caraguatatuba.
Bruna Capasciutti/TV Vanguarda
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