Vice-presidente do Brasil concedeu uma entrevista ao Link Vanguarda nesta quinta-feira (8), durante dia de folga com a família no interior de SP. Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil, participa ao vivo do Link Vanguarda
De folga com a família no interior de São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) esteve na TV Vanguarda, emissora afiliada à Rede Globo em São José dos Campos, na tarde desta quinta-feira (8) e concedeu uma entrevista ao jornal Link Vanguarda.
Na entrevista, os apresentadores Ademir Ribeiro e Isadora Markus abordaram temas como vacinação, programa de incentivo para compra de carros populares e problemas com a rota do tráfico pela Dutra (veja íntegra da entrevista acima).
Geraldo Alckmin concedeu entrevista ao Link Vanguarda.
Reprodução/TV Vanguarda
Questionado sobre a baixa cobertura vacinal contra a influenza, que é um problema local, mas que se estende para outros estados do país, Geraldo Alckmin argumentou que houve uma campanha de fake news que assustou a população e que o atual governo tenta perseverar para ampliar a adesão da vacina.
“Infelizmente tivemos uma campanha antivacinação, levando fake news, mentiras e assustando as pessoas. Vacinas que salvam vidas. É campanha, conscientização ininterrupta. Temos que perseverar, porque vai aumentar (a cobertura vacinal), não tenho dúvidas”, afirmou.
Sobre o problema do tráfico de drogas no Vale do Paraíba, que comumente utilizam a Dutra para transportar entorpecentes, o vice-presidente reconheceu a região como uma rota estratégica e se comprometeu em conversar com o Ministro Flávio Dino.
“Estamos entre São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o porto (do litoral), é uma região estratégica. Temos que trabalhar a polícia de fronteira, ter acordo com países vizinhos, chamar a responsabilidade e ter um combate firme contra o tráfico de drogas”, disse.
“Vou verificar com o Ministro Flávio Dino. A Dutra é prioridade, é a principal artéria do país, ligando as duas regiões metropolitanas São Paulo e Rio de Janeiro”, completou.
Geraldo Alckmin concedeu entrevista ao Link Vanguarda.
Gabriela Malagutti/TV Vanguarda
Ainda sobre a questão do tráfico de drogas, Alckmin abordou a importância de acolher e tratar os dependentes químicos.
“Do outro lado, precisamos tratar quem está doente. Temos que estender a mão ao dependente químico e ajudá-lo, porque faz parte da doença uma atitude ‘amotivacional’. Não tem motivação, isso faz parte do quadro clínico. A vítima da droga (de forma geral) é um jovem do sexo masculino e de baixa escolaridade”, disse.
Geraldo Alckmin concedeu entrevista ao Link Vanguarda.
Reprodução/TV Vanguarda
Os jornalistas questionaram o vice-presidente sobre o que o governo deve fazer para auxiliar a indústria automobilística do país após o fim do programa de incentivo à compra de carros populares, já que o programa não é permanente.
“Ele é transitório para este momento, que o juro está alto. A gente imagina que o juros vai cair. A inflação acabou de ser anunciada menos de 4%, a bolsa subiu, o PIB teve um crescimento razoável. Achamos que vai cair o juros e a economia vai andando por si só”, declarou.
“Nesse momento de dificuldade precisa dar uma ajuda, baixar imposto para tentar ativar mais a venda, aumentar exportação. O BNDES vai financiar quem exporta. É o caso da Embraer, que é esse espetáculo, orgulho da indústria nacional, porque tem financiamento para poder exportar”, completou.
Questionado sobre a defasagem de servidores no INPE e os impactos para o setor aeroespacial, Geraldo reconheceu que não apenas o INPE, como também o IBAMA e a Anvisa estão com quadro de servidores aquém do necessário.
“Infelizmente vários institutos federais de pesquisa, importantíssimos, como o INPE, IBAMA, Anvisa, tiveram funcionários que saíram aposentados, totalmente defasados. O governo fará concurso. Coisa de semanas (para anunciar o concurso)”, afirmou.
Imagem de arquivo – vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
GloboNews/Reprodução
Sobre a tragédia que atingiu o Litoral Norte de São Paulo no início do ano, deixando dezenas de mortos e centenas de desabrigados, o vice-presidente afirmou que a principal destinação de recursos do governo para atender as vítimas será voltada para a habitação.
“A ação mais forte do governo vai ser na moradia. Este ano tinha no orçamento só R$ 82 milhões para o Brasil inteiro, para moradia. Nós passamos para 10,2 bilhões e voltou o Minha Casa Minhas Vida faixa 1. Infelizmente as tragédias acabam acontecendo em regiões mais pobres, porque são pessoas que moram em local de risco, têm maior dificuldade e a faixa 1 é exatamente para essas pessoas”, disse.
“Terá prioridade a região com vulnerabilidade social e risco de deslizamento, regiões de maior risco”, afirmou.
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