Procuradoria pede remoção imediata de moradores e demolição de casas em risco na Vila Sahy, em São Sebastião


Reunião virtual, que deve confirmar qual é exatamente a área de risco e o número de famílias afetadas, foi marcada para a próxima terça-feira (5). Em fevereiro, ocorreu uma tragédia em São Sebastião, após um temporal histórico que causou deslizamentos e deixou mais de 60 mortos.
Peterson Grecco/TV Vanguarda
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) pediu à Justiça, nesta semana, a remoção imediata dos moradores das áreas de risco na Vila Sahy, em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, local onde ocorreu uma tragédia no início do ano. Além da remoção, a PGE também solicitou a demolição de 893 imóveis no local.
A ação envolve a coletividade dos moradores que vivem em área de risco na Vila Sahy e a PGE pede urgência para que a retirada seja autorizada, mesmo contra a vontade dos moradores.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp
A Procuradoria pediu a autorização para demolir os 893 imóveis que estão delimitadas na área em vermelho do mapa apresentado pelo órgão (veja abaixo).
Área delimitada pela PGE na Vila Sahy, em São Sebastião
Reprodução
LEIA TAMBÉM:
Tragédia no Litoral Norte de SP: Saiba quem são as vítimas do temporal devastador
Chuva que caiu em 24 horas no Litoral Norte foi o maior registro da história do Brasil
Temporal devastador no Litoral Norte de SP: confira um resumo da tragédia
No documento, a Procuradoria diz que a remoção é necessária para garantir a vida dos moradores. A PGE ainda anexou relatórios sobre os riscos de novos deslizamentos na Vila Sahy.
O pedido diz que o local deve ser desocupado porque há risco de deslizamento do terreno em caso de chuva forte, com destruição e mortes. Os procuradores afirmam que é necessário abrir espaço para as obras que podem evitar essas ocorrências.
Uma reunião virtual, que deve confirmar qual é exatamente a área de risco e o número de famílias afetadas, foi marcada para a próxima terça-feira (5). Além disso, a Justiça quer saber qual o cronograma de retirada dos moradores e para onde eles serão levados, caso o pedido seja aceito.
Em 1996, um estudo do Instituto Geológico apontou risco de deslizamento na Vila Sahy. O bairro cresceu ao longo das últimas décadas e, neste ano, o local foi um dos mais atingidos pelas chuvas em fevereiro, na tragédia que matou 64 pessoas.
Em setembro, o governo anunciou a demolição de 390 casas condenadas pela Defesa Civil. Segundo o governo, 518 moradias estão sendo construídas no bairro Baleia Verde para abrigar quem perdeu a casa na tragédia, além de outras 186 em Maresias.
Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

Adicionar aos favoritos o Link permanente.